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25 de abr. de 2013

O passado reluz

Chevrolet Bel Air 1955
Uma das atrações da Festa de Bom Jesus do Norte realizada em fins de abril foi a exposição de veículos antigos, que despertou admiração em contemplantes de todas as idades.

Os aficionados, particularmente, puderam se deleitar com raridades como um Ford 1928, Chevrolet Bel Air 1955 e Impala 1963; Pick-ups Ford 1960 e Chevrolet 1948; Ford Maverick, Rural Willys, Karman Ghia, Jeeps e..., claro, Fuscas.




Um dos Fuscas roubou a cena: todo cor-de-rosa, exuberantemente pink, inclusive as rodas, o veiculo ano 1972, dos supermercados MR (que seria sorteado dias depois entre os clientes) atraía gente de todas as idades, em especial as crianças.
Câmeras digitais em profusão eram direcionadas a ele a todo instante.


Ford 1928
O bom-jesuense-do-norte, Jorge Jabor, proprietário da Pick-up Chevrolet verde, com para-lamas pretos, ano 1948, disse que seu falecido pai a adquiriu em 31/3/1964:

"Eu cresci dentro dela e me apaixonei por ela", declara o fascinado proprietario, que é associado ao clube de veículos antigos Rio/Minas: "gasto muito com esta paixão. Só
Pick-up Ford 1960
de janeiro para cá foram R$ 5 mil", acrescenta Jabor, que afirma ter recusado uma oferta de R$ 40 mil pelo seu xodó.

Dinheiro, alias, é o que menos conta, pois segundo os proprietários dos carros, paixão não tem preço. 

Fusca 1972: exuberância pink
É o que pensa, por exemplo, o campista Luiz Claudio Barbosa Rangel, dono de um Ford Maverick laranja, com detalhes em preto, ano 1974: "peguei-o totalmente desmanchado e o reformei todinho, com a pintura planejada por mim mesmo. A forração é em couro bordado com a marca Maverick. Gastei R$ 12 mil", explica.

Oito Jeeps vieram de Castelo/ES, e entre os jeepeiros, Jovino Rodrigues Filho, presidente do Jeep Clube de Castelo. 

Ele explica que além da satisfação com o esporte (passeio e trilhas regularmente realizados) o clube tem também uma função social, filantrópica, como arrecadação de alimentos em eventos que promove.
Chevrolet 1948: R$ 40 mil recusados

Quando chove, segundo ele, os participantes unem o útil ao agradável: "bastou chover que a gente reúna o pessoal, escolha um lugar e a adrenalina corre solta. 

Quando há problemas de cheias, de enchentes, a gente vai nos lugares mais remotos onde veículos comuns não chegam para resgatar as pessoas", conta Jovino.

Autor: José Henrique Vaillant - Publicado em maio/2007