Contemplando esta terra entristecida,/
veem-se mágoa, tristeza e abandono./
E sua gente tanto jaz entorpecida,/
a dormir na prostração o tredo sono!/
Acordes, criatura, para a vida!/
Sejas tu apenas teu lídimo dono./
Não mais permitas que a façam desprovida/
da honra e glória em seres tu teu só patrono./
Não durmas, não te tornes vulnerável/
à vil peçonha de políticos abjetos;/
sê leal a ti mesmo, aos teus filhos e aos teus netos./
Assim serás partícipe formidável/
da ética ressurgente nos vinhedos ressurretos,/
do Senhor teu Deus, o melhor dos arquitetos!/
Autor: José Henrique Vaillant