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10 de mai. de 2013

Bom Jesus do Itabapoana/RJ: afastamento da prefeita pode ser o prólogo de outra novela eleitoral dramática para o município!

A juíza eleitoral Fabíola Costalonga, de Bom Jesus do Itabapoana/RJ, cassou os mandatos da prefeita Branca Motta e de seu vice Jarbas Teixeira Borges Junger, no último dia 7/5.

Em seu lugar deve assumir o 2º colocado no pleito, Roberto Elias Figueiredo Salim - Roberto Tatu.

Mas como tudo pode acontecer, como aliás aconteceu no período 2005/2008, fiquemos no momento com a incógnita!



A juíza julgou procedente a denúncia feita pela Coligação do próprio Roberto Elias, segundo a qual a então prefeita, em campanha pela reeleição, teria realizado o asfaltamento da cidade durante o período eleitoral, conduta vedada pelo TSE.

A agora ex-prefeita tem o direito de recorrer da decisão, mas como se trata da nulidade dos diplomas expedidos, terá de fazê-lo fora do poder, a menos que consiga liminar.

Incógnita, incógnita nossa de cada dia dai-nos hoje! Mais uma vez o município vê-se envolvido em polêmica dessa natureza!

Na gestão 2005/2008, apagado da História no aspecto realizações/crescimento/desenvolvimento, nada menos que cinco (5) prefeitos se revezaram no cargo, uma média de menos de um em cada ano!

Naquela oportunidade, o prefeito eleito Carlos Garcia governou cerca de um ano, em meio a tormentas de cunho legal porque teria se valido de recursos ilegais de campanha.

Antes que fosse apeado do poder pela Justiça, o prefeito licenciou-se por questões de saúde.

Assume então o vice, Paulo Sérgio Cyrillo; cerca de um ano depois, e antes que Garcia voltasse, ambos foram afastados.

Toma as rédeas da prefeitura o então presidente da Câmara, vereador João Batista Magalhães, ficando 14 dias.

Depois, José Ary Loureiro Borges, vice do segundo colocado Miguel Motta (que não quis assumir, vejam só!). 


Quarenta e cinco dias depois, José Ary renuncia, quando o Poder Legislativo, em escrutínio indireto, elege o 5º e último prefeito: Paulo Portugal, que "tenteou" o município nos últimos seis meses daquela gestão fatídica!

Claro que pouco ou nada funcionou, aquele tempo foi inexoravelmente perdido!

E como a vida é curta, a perda de tanta oportunidade escoada no ralo da tormenta de um povo foi incalculável!

Lamentavelmente parece que não cessou tudo o que a antiga musa canta.

Ainda no decorrer da última campanha, recursos mútuos de impugnação por vários motivos, entre os dois candidatos favoritos (a prefeita agora cassada, e o segundo colocado agora ansioso para assumir) foram encaminhados à Justiça.

Isto é: prenuncia-se novamente uma queda de braços no âmbito de uma Justiça lenta, sensível aos variados e mirabolantes recursos, em meio a absolutamente nada de reforma política, atuando num cenário hostil à visão primordial do interesse coletivo que é, acima de tudo, a estabilidade das instituições.

Resta ao bom-jesuense apenas a tênue esperança de que o bom-senso prevaleça entre os atores políticos de mais uma comédia pastelão que se anuncia.

A estes, quem sabe o milagre de colocarem seus interesses pessoais em posição inferior aos da coletividade; estabelecerem o conformismo com as regras do jogo; entenderem que tudo passa e a cidade permanece, mas que permaneça mencionada na História sem mais hiatos de vergonha e humilhação!

Autor: José Henrique Vaillant