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12 de abr. de 2013

Peregrino da cultura

PEDRO TEIXEIRA está sempre em cima do lance. Não deixa passar “de passagem” nenhuma bola, digo, nenhum detalhe importante ao seu rico arsenal de causos e casos que povoaram a imaginação de sua gente ou se fizeram reais na sua querida São José do Calçado, fonte suprema de inspiração e energia motora da sua intensa atividade intelectual.

Pedro é um “pelinha”, no melhor sentido.





Um espião disfarçado nas rodas de papo vivendo à espreita de uma palavra, uma frase, uma oração que capta num relance com terceiras intenções de ordená-las majestosa e magistralmente, transformando-as em evocações sublimes a estimular a nostalgia e inflamar o imaginário coletivo.


Exímio artesão das palavras, virtuose no estilo com a precisão cirúrgica dos mestres - nem prolixo, nem lacônico -, garimpa incansavelmente a informação bruta e rudimentar transformando-a numa joia moderna e de rara beleza, lapidada com a prodigalidade do seu delírio criador.

Este último “NOSSA TERRA, NOSSA GENTE, NOSSA HISTÓRIA”, obra de incomparável valor histórico e documental, demonstra a versatilidade do autor que incursiona com igual desenvoltura do pitoresco ao intrigante, do leniente ao perturbador, em situações reais ou imaginárias, mas sempre dissecadoras da alma humana em sua escala de lirismo ou degradações e remissivas dos fatos e fenômenos históricos.

Com Pedro Teixeira na área, São José do Calçado não sofre o gol do ostracismo cultural. 

Ele, no ataque, é um azougue contra a meta do obscurantismo. E ainda bate nas onze!

Com mil fardões!

Autor: José Henrique Vaillant - Publicado em abril/1999