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2 de fev. de 2017

Recado aos futuros candidatos; ou, não é necessário cantar Hino a capella, mas um pouco de amor pelas raízes será bom

Srs. candidatos às Eleições 2016: pelo andar da carruagem no país, especialmente da que é conduzida por procuradores que batem forte no peito esquerdo e entoam a plenos pulmões o Hino Nacional, a capella, ritmados pelo ínclito juiz Sérgio Moro, não vai ser mais tão fácil para ninguém abusar dos cofres públicos e dos conchavos nestas eleições.
 
E se a esse acalanto para o país no cenário materialista pudessem sobrepor-se doses vigorosas de honestidade intelectual, de vergonha pelas mentiras nas promessas de campanha, de repúdio à hipocrisia, à demagogia e à dissimulação a pátria, com certeza se transformaria numa espécie de Fênix verde e amarela, renascendo de suas cinzas: os valores éticos e a integridade dos carácteres reabilitados se tornariam a continuidade do ´Sérgio Moro imaterial´ a manter o país ameno de vagabundagem, imune a uma Lava Jato II – O retorno.

Ideal seria, Srs. candidatos, que a uma escola prometida fossem apresentados de maneira clara, incontroversa, o projeto, as previsões, planilha de custos e modus operandi de consegui-los. Abaixo às generalizações, às frases de efeito, os lugares-comuns.

Não é justo – e isso é necessário entender definitivamente, que se continue a explorar a boa-fé das pessoas, onde o voto obrigatório anacrônico e perverso parece ter sido uma regra imposta justamente com a finalidade de sufragar os políticos mais convincentes em suas retóricas, em suas falácias, em suas caras de pau.

Este ano especialmente, ideal seriam discursos focados em propostas, isentos de ofensas, que convençam terem sido extraídos das cacholas de quem não necessariamente cantem o Hino a capella, mas que possuam um pouco de amor pelas raízes, sobretudo que se preocupem também ao menos um pouco com as futuras gerações, que serão as de seus filhos e netos. É preciso apresentar conteúdo, pensar e instigar ideias. Em tempos de ´vacas magras´, mais vale molhar o pasto transportando água do riacho nas costas do que esperar a chuva imprevisível.

A crise não será permanente, e como já se falou aqui nesta página, cita-se um exemplo para a realidade local: as cidades de Bom Jesus carecem urgentemente de uma Terceira Ponte, mas parece óbvio demais que o momento é, no mínimo, inapropriado. Mas pode-se ir molhando o pasto, ou melhor, o concreto armado virtual da mesma com articulações, com a manutenção viva e acesa da vontade, com o estreitamento dos laços de coleguismo entre as autoridades, com a união dos poderes para a finalidade mútua.

Basta de flerte com paraísos utópicos que levaram políticos irresponsáveis e corruptos a se encantarem a tal ponto que lhes fugiu o chão. E pairando em convivência com as gaivotas começam a perceber que suas asas são da mesma cera das de Ícaro.

Tchbuummm!

Autor: José Henrique Vaillant - Publicado originalmente em junho/2016