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1 de fev. de 2017

Angelina Jolie mutila-se por amor à vida e aos filhos

Estava dia destes pensando sobre a decisão tomada pela planetária e estonteante atriz Angelina Jolie, que já havia se submetido em 2013 a uma dupla mastectomia (retirada dos dois seios), e agora fez o mesmo com os ovários e as trompas. Até aí “morreu o neves”, como se dizia tempos atrás para designar ausência de novidade, como seria o caso se ela estivesse doente.

Mas não morreu o neves coisa nenhuma, porque ambas as mamas da atriz, bem como seu sistema reprodutivo estavam absolutamente sãos, normais, positivos e operantes, assim como todo o resto do conjunto que a faz tão curvilínea e bela, inteligente e talentosa. 



Acontece que os médicos lhe haviam dado uma brutal notícia: de acordo com as probabilidades genéticas, baseadas em históricos familiares, ela tinha nada menos que 87% de chances de desenvolver câncer de mama e 50% de ovários. E aí, recompondo-se da desolação que informação semelhante causa em qualquer mortal, veio a demonstração da enorme coragem e capacidade de renúncia desta minha nova ídala (não se fala presidenta por aí?).

Observem o grau da valentia! Não bastasse mandar às favas a chance de não contrair a doença, aos 40 anos encara a menopausa precoce e toda a sorte de inconvenientes que isso acarreta. E chorem emocionados, seres sensíveis: pesou com absoluta prioridade na decisão dela não a vontade de um viver egocêntrico prolongado, mas de não deixar órfãos prematuramente seus sete filhos (três biológicos e quatro adotados). 

Que maior exemplo de amor pode uma pessoa demonstrar do que querer exercer o papel de mãe, amiga, confidente e companheira durante o maior período de tempo que puder?  Se é tão difícil conviver com qualquer perda, maior o sofrimento de se ficar órfão. E a generosidade em escala monumental levou Jolie a amputar seus órgãos saudáveis para que os filhos queridos tenham a chance de adiarem a tristeza da orfandade!


Palmas, milhões de aplausos para você, Angelina, pela demonstração de que a civilização e a humanidade não estão de todo perdidas!



Autor: José Henrique Vaillant - Publicado originalmente em abril/2015