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26 de jun. de 2013

Mobilidade urbana em Bom Jesus: Bonjesino acha que os políticos da terrinha estão se mexendo, como seus congêneres de Brasília. Tola ilusão, penso eu



Lamento dizer, mas não acredito que as manifestações meio barro, meio tijolo, em Bom Jesus (foto), foram capazes de sacudir as estruturas do provincianismo político, suas decenárias idiossincrasias e o modus faciendi ultrapassado, canhestro, de gestão pública.

A ponte sobre o Rio Itabapoana (foto), que os ingleses construíram no início do século passado mais para tráfego de carroças de tração animal, unindo Bom Jesus do Norte (Extremo-Sul Capixaba) e Bom Jesus do Itabapoana (Noroeste Fluminense), hoje suporta o pesado trânsito de bólidos guiados por GPSs e que manobram sozinhos nas vagas de estacionamento.


Diria alguém não conhecedor das duas cidades, que naturalmente a ponte veio tendo ampliações ao longo do tempo, adequando-se gradativamente à medida das necessidades pelo aumento constante do tráfego.

Ledo engano. Ao contrário, ela ficou mais estreita para os veículos devido à construção de duas passagens para pedestres na década de 1970, se não me falha a memória!

Adivinhem como está o trânsito sobre a acanhadíssima ponte, atualmente, em especial nos horários do rush...

Hoje em dia todo mundo tem acesso ao carrão financiado em trocentas vezes, com preços reduzidos por renúncias fiscais do socialismo tupiniquim.

Só que os çábios, com c e com cedilha, não atentaram para o simples fato de que teriam também de investirem em estrutura viária onde esses veículos pudessem trafegar.

Resultado: todo mundo tem carro, mas não tem como usá-lo de forma desejável, principalmente nas cidades, sem estresse, sem engarrafamentos monstruosos.

Como dizia Ulisses Guimarães, político só tem medo de povo. De povo que reivindica, que faz pressão, bem dito.

E depois destas últimas pressões – e que pressões!, a politicada está igual manada sem rumo, galopando em círculos, entrando em qualquer porteira que vê aberta.

Estão prometendo ao povão até revogar a lei da gravidade; inclusive, já anunciaram a liberação de R$ 50 bilhões para mobilidade urbana.

Diria Bonjesino, o meu personagem apaixonado pelos políticos da terrinha, que os prefeitos daqui já estão unidos entre si, e articulam com suas respectivas representatividades em níveis estadual e federal para viabilizarem a construção da 2ª ponte urbana.

Guardando uma estratégica e cautelar distância de Bonjesino, em verdade vos digo:

Em 2016, ano das próximas eleições municipais, com certeza ouviremos nos palanques as mesmas promessas, os mesmos tatibitates com os quais há décadas tratam de assunto tão importante para ambos os municípios e seus quase 50 mil habitantes, somados, fora as populações de municípios adjacentes e de outras plagas, em trânsito, numa região fronteiriça entre dois dos mais destacados Estados da Federação.

Autor: José Henrique Vaillant