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2 de mai. de 2013

Não aos chupa-cabras. Ou, as sanguessugas verdadeiras não merecem ser associadas a gente tão podre!

Muitos deputados mensaleiros, sanguessugas, "cuequeiros", maleiros e dançarinos, sem o menor constrangimento, com a cara mais cínica e lavada dizem que vão tentar se reeleger em outubro.

Eles não admitem abertamente, mas é claro que contam com a impunidade total, inclusive por parte de quem é o único que pode encerrar suas carreiras de crimes ultrajantes: o eleitor brasileiro. 


Este ente meio que drogado, anestesiado e conformado - o eleitor -, rapidamente passou do assombro e da estupefação para uma espécie de letargia, de torpor, onde nada mais o estarrece nem lhe desperta o senso de indignação.

Um pouco de didatismo: as populações das duas Bom Jesus totalizam cerca de 50 mil pessoas (o senso 2000 do IBGE dá 32 mil para o lado fluminense e 9 mil para o capixaba, mas arredondemos generosamente estes números). 

Os R$ 1 bi que os sanguessugas roubaram dariam para distribuir cerca de R$ 2 mil a cada cidadão bonjesuense, repita-se, TODOS, sem nenhuma exceção, tanto os do ES como os do RJ, inclusive os bebês. 

Uma família de cinco pessoas teria em sua conta bancária R$ 10 mil, suficientes para comprar uma modesta quitinete ou quase um carro popular. 


E vejam só: apenas com o que roubaram os sanguessugas! 

Já pensaram se a conta englobasse os mensaleiros e os demais infernizantes "deste país"?


Mais didatismo: o distinto trabalhador que se angustia todo fim de mês com os impostos e encargos diretos descontados no seu contra-cheque, paga ainda 82% de imposto indireto para o cigarrinho do dia-a-dia; 58% para a gasolina; 53% para o xampu; 56% para a cerveja; 53% para o DVD; 83% se gostar de uma cachacinha; 36% para os remédios; cerca de 40% para os alimentos; 50% em média para o material escolar; 47% para o vaso sanitário de sua casa e por aí afora.

Para onde está indo essa dinheirama, nem é preciso dizer. 

Não é à-toa que a deputada rechonchuda exorbitou na sua dança de conga acintosa ao povo brasileiro, comemorando a absolvição de um colega pela mais ultrajante e perversa impunidade que assola o brasileiro, prometendo "voltar nos braços do povo". 

Vejam a que ponto chegamos!

Quando se fala do bandido Marcola ou do Fernandinho Beira Mar, párias da humanidade, deveríamos no entanto fazer-lhes justiça pelo menos no ponto em que, ao contrário do que se diz, não são eles os mais sanguinários, porquanto eles matam e barbarizam de forma localizada, enquanto os nossos bandidos de terno, travestidos de homens do povo matam o doente nas filas quilométricas dos hospitais sem remédios, sem leitos e sem médicos, de forma generalizada. 

Matam muitas pessoas de fome, de desemprego, de deseducação, de insegurança. 

Não satisfeitos, matam a esperança, a fé, a alegria. 

Desnudam nossa soberania, devassam nossas vidas, sugam nossa dignidade.

As sanguessugas verdadeiras, vermes parasitas que até chegaram a prestar serviços nos primórdios da Medicina não mereciam ter seu nome associado a gente tão podre, indelevelmente nauseabunda, velhaca. 

Nossas sanguessugas de gravata deveriam ir pros quintos, mas ao contrário, estão convencidas de que vão habitar novamente aquela que deveria ser a Casa das casas, mas que se transformou nos últimos anos no valhacouto de patifes, salvo as honrosas exceções que não se sabe como respiram aquela atmosfera pútrida e virulenta.

O eleitor, por mais desmotivado e desesperançado não tem o direito de trair seus descendentes permitindo tamanha ignomínia. 

Numa região da Romênia, no século XVIII, reza a lenda que as pessoas andavam munidas de uma cruz e réstias de alho para espantarem o Conde Drácula. 

Nas próximas eleições, o povo brasileiro deveria se munir também da estaca porque o vampiro é mais sedento que o morcegão da literatura. 

Deixar as carótidas de filhos e netos (que serão no futuro quem mais sofrerão as conseqüências do desgoverno de hoje) à mercê desses crápulas de caninos afiados é decretar-lhes anemia perpétua e infelicidade perene. 

Vade retro!

Autor: José Henrique Vaillant - Publicado em julho/2006