Lembro-me
de que, em março
de 2004,
o taxista bom-jesuense-do-norte, Valdir Pereira de Araújo, então
com 70
anos de
idade,
foi
morto num assalto,
nas proximidades de Guaçuí.
Exatamente um ano depois, em março de 2005,
o
taxista
Sidney Lacerda Silva, na
época com 27
anos, também de Bom Jesus do Norte, teve melhor sorte: assustado
pelo anúncio do assalto, perdeu a direção do seu carro, vindo a
colidir com outro. Na confusão os bandidos fugiram, e os motoristas nada sofreram.
Lembro-me
ainda, embora não saiba precisar a data (uns três ou quatro anos
atrás), de outra vítima: Leandro
Antônio Ferreira, também
taxista de Bom Jesus do Norte, conduzia
dois
elementos na faixa de 22 anos para
Apiacá, mas na descida de Iurú eles pediram para o taxista parar
porque queriam urinar.
Desconfiado,
Leandro também foi urinar, mas no lado contrário da pista, e quando
voltou eles sacaram um revólver e
anunciaram o assalto. Colocaram-no no porta-malas e rodaram
bastante, presumivelmente para utilizar o veículo em atividades
criminosas. E felizmente, pouparam a vida da vítima.
Agora
(19/5/13)
foi José Wilson Calvário Pereira, 62, taxista que fazia ponto na
rodoviária de Bom Jesus do Itabapoana, morto por asfixia por três
homens que o escolheram ao acaso, para praticarem o crime de
latrocínio (assalto seguido de morte).
A
profissão de taxista sempre foi uma das mais perigosas nos grandes
centros urbanos, mas a violência vai também se insinuando no
interior.
No
caso dos taxistas, desconfiar sempre parece ser o X da questão.
Como
ninguém traz uma estrela na testa, e uma blindagem que separe o
motorista dos passageiros é um sonho distante, o ideal seria que os
profissionais se unissem para definir normas e regras de comportamento
comum a todos.
Como
sugestão, por que não fazer uma parceria com a polícia, de modo a
revistar todos os passageiros desconhecidos, que tomam os táxis à
noite, principalmente em direção a locais fora do perímetro da sua
cidade?
Eis
uma sugestão, de outras que certamente a polícia pode expor, para a categoria praticar em defesa da própria vida.
Autor: José Henrique Vaillant