Embora respeite os princípios, os dogmas da Igreja Católica, sou contra o celibato dos religiosos.
Se tiver de me aprofundar na doutrina, nos conceitos que a Igreja tem para defender este comportamento radical e milenar, poderei ser ridicularizado porque não possuo capacidade para tanto.
Valho-me apenas da lógica, da racionalidade: se o padre é um ser humano, por que negar-lhe de exercer instinto tão humano como o da relação sexual?
Principalmente se tal relação esteja em consonância com a ética, com os costumes preconizados, afiançados, atestados pela própria Igreja, na instituição do casamento, que mal haverá?
Eu até escrevi um texto a respeito (aqui), na ocasião em que, aqui mesmo, em Bom Jesus, um padre teria caído na tentação da carne. E principalmente após vir à tona os escândalos de pedofilia na Igreja, o celibato tornou ao cenário da polêmica.
Até mesmo Jesus Cristo, segundo Karen L. King, historiadora da Universidade de Harvard, teria sido casado, fato que, segundo ela, comprova-se por um papiro do século IV.
Foi o que bastou para o talentoso e criativo cartunista Nani fazer a charge engraçada.
Autor: José Henrique Vaillant