25 de mai. de 2013
Taras sexuais
Para mim um dos mais notáveis cartunistas brasileiros, desde à época em que me divertia a valer com suas tiradas hilárias sobre futebol (idos de 1970/1980), Nani imaginou, nesta charge, em enunciado de duplo sentido, que é sortudo o necrófilo que vai entrar numa "podre", já que necrofilia é a perversão do indivíduo que viola cadáveres com objetivo sexual.
Seres humanos possuem as mais diversas e mirabolantes taras. O voyeurismo, uma desordem que consiste em observar às escondidas as pessoas se despindo ou praticando atos sexuais, é uma das mais comuns.
Também o sadomasoquismo, uma combinação de sadismo (só se realiza se infligir humilhação ou sofrimento físico no parceiro) e masoquismo (o inverso; só se realiza submetendo-se à humilhação ou ao sofrimento) é bem comum também.
Mas a relação de desvios é extensa. Eis mais alguns:
Dendrofilia: Atração sexual por árvores, legumes, frutas, etc.
Pedofilia: Atração sexual de adultos por crianças.
Fetichismo: Perversão que consiste em exteriorizar o desejo não em relação a uma pessoa, mas a uma parte dela ou a um objeto de seu uso.
Froteurismo: Impulso irrefreável de se encostar em mulheres ou de afagá-las eroticamente em lugares públicos.
Exibicionismo: Exibir de órgãos genitais a outras pessoas.
Hipoxifilia: o hipoxifílico sente atração por teor reduzido de oxigênio. Utiliza normalmente sacos plásticos amarrados na cabeça.
Coprofilia: Pessoa que se realiza sexualmente sentindo cheiros da flatulência do parceiro ou contato com fezes.
Urofilia: Um variante da coprofilia, os parceiros excitam-se urinando no outro ou recebendo urina.
Zoofilia ou bestialismo: Sexo feito com animais.
Emetofilia: Estimulação sexual ao vomitar em alguém ou receber, em si, o vômito.
Clismafilia: Excitação provocada na pessoa que introduz líquido no reto - enema.
Agora vejam a charge ao lado, do cartunista estrangeiro Dan Collins, engraçadíssima, onde o fazendeiro trata de suas galinhas, também parceiras sexuais.
Observem o tamanho e a circunferência da jeba do cara e os rombos que faz nas penosas!
Agora, um fato nada engraçado é que esta charge serviu como ilustração para trabalho escolar de crianças paranaenses com idade média de... 6 (seis) anos! (aqui).
Foi um erro, claro, não se pode imaginar uma mente tão doentia a ponto de submeter crianças em tenra idade a essa coisa escatológica. Por outro lado, mostra-nos a quantas anda o ensino público, tão ruim que fica à mercê de equívocos grotescos como esse!
Autor: José Henrique Vaillant