O Brasil recebeu novamente a visita do Papa João Paulo II que, como sempre, teve por objetivo revitalizar a fé e tentar dramaticamente reverter as injustiças que assolam o planeta.
Sua Santidade, mormente ser possuidor de incomensurável dignidade, força moral e habilidade política, tem encontrado mundo afora outro inimigo cruel e de inúmeras facetas, extremamente difícil de ser combatido: o ódio.
Tal e qual determinados tipos de bactérias e vírus, este sentimento pernicioso, intrinsecamente humano, reproduz-se de várias formas e tem a faculdade incomum de dotar-se de criativos mecanismos de autopreservação, que tornam inúteis todas as tentativas de combatê-lo.
Entendê-lo, então, é tarefa das mais complicadas, que nem mesmo os mais renomados sociólogos, psicólogos e antropólogos conseguem explicar convincentemente.
O ódio racial, o ódio político, o religioso, o social, em todas as suas modalidades e diferentes formas e sutilezas é sempre destrutivo e gera-se na ignorância e no egoísmo desenfreado, que parecem ter atingido seu auge em nossa contemporaneidade.
O crescimento inversamente proporcional de sensatez em relação a insanidade, de estadistas em relação a oportunistas políticos, de pastores em relação a vigaristas contribuem para a implementação deste subalterno sentido com toda a virulência que lhe é inerente.
A visita do papa ao nosso país reconfortou-nos das agruras e renovou as esperanças num futuro mais promissor. Com certeza deixou-nos uma valiosa contribuição espiritual que nos permitirá solidarizarmos um pouco mais e fazer fortalecer nossa fé Cristã.
Mas o ódio, esse vilão de toda a história da humanidade, porém disseminado exagerada e gradualmente neste século, persistirá enquanto houver ambientes propícios representados por regimes políticos totalitários, religiões sectárias, desigualdades sociais, amor desregrado pelo efêmero e pelo materialismo!
Autor: José Henrique Vaillant - Publicado em outubro/1997
Sua Santidade, mormente ser possuidor de incomensurável dignidade, força moral e habilidade política, tem encontrado mundo afora outro inimigo cruel e de inúmeras facetas, extremamente difícil de ser combatido: o ódio.
Tal e qual determinados tipos de bactérias e vírus, este sentimento pernicioso, intrinsecamente humano, reproduz-se de várias formas e tem a faculdade incomum de dotar-se de criativos mecanismos de autopreservação, que tornam inúteis todas as tentativas de combatê-lo.
Entendê-lo, então, é tarefa das mais complicadas, que nem mesmo os mais renomados sociólogos, psicólogos e antropólogos conseguem explicar convincentemente.
O ódio racial, o ódio político, o religioso, o social, em todas as suas modalidades e diferentes formas e sutilezas é sempre destrutivo e gera-se na ignorância e no egoísmo desenfreado, que parecem ter atingido seu auge em nossa contemporaneidade.
O crescimento inversamente proporcional de sensatez em relação a insanidade, de estadistas em relação a oportunistas políticos, de pastores em relação a vigaristas contribuem para a implementação deste subalterno sentido com toda a virulência que lhe é inerente.
A visita do papa ao nosso país reconfortou-nos das agruras e renovou as esperanças num futuro mais promissor. Com certeza deixou-nos uma valiosa contribuição espiritual que nos permitirá solidarizarmos um pouco mais e fazer fortalecer nossa fé Cristã.
Mas o ódio, esse vilão de toda a história da humanidade, porém disseminado exagerada e gradualmente neste século, persistirá enquanto houver ambientes propícios representados por regimes políticos totalitários, religiões sectárias, desigualdades sociais, amor desregrado pelo efêmero e pelo materialismo!
Autor: José Henrique Vaillant - Publicado em outubro/1997