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28 de fev. de 2013

O Grande Irmão já encheu o saco!

Está a cada ano mais difícil aturar o tal do BBB (Big Brother Brasil), que tal e qual as ervas daninhas tomou de assalto o terreno já infértil de nossa Cultura, boas maneiras e espontaneidade.

Em sinal de protesto, todos os que pensam assim deveriam contribuir de alguma forma pela redução dos níveis de audiência da Globo. 


Impossível encontrar algo que se possa concluir proveitoso no confinamento de deslumbradas e deslumbrados que, num passe de mágica, pulam da insignificância para o estrelato.

Triste país este, em que pessoas que nada fizeram de útil, de proveitoso para a sua espécie são premiadas com uma montanha de dinheiro ou, na pior hipótese, com a facilidade de ganhá-lo fácil com a brusca notoriedade. 


A ignorância, o vazio de idéias, a incapacidade produtiva, a falta de cultura - às vezes de estudo, passaram a ser características altamente meritórias, e quem as portam merecedores de carrões zero km, de milhões de Reais, do glamour e da fama proporcionados pelas lentes de uma emissora que adentra os lares brasileiros do Oiapoque ao Chuí, dos Pampas aos Seringais.



Um jogador de futebol que pronuncia "a gente vamos ganhar", mas que por outro lado nos oferece sua arte, seu esforço físico e o prazer eventual de um gol ou de uma vitória, ainda vá que ganhe pequenas fortunas, mesmo no Brasil. 

Mas convenhamos que pagar pelo vulgar e pelo ordinário é uma completa inversão de valores e dá bem a tônica da loucura, da insanidade a que chegou o comportamento contemporâneo.

Deste lado do equador é incomum a valorização da Inteligência, da História, da Ciência, da Cultura. 


A liturgia do egocentrismo e da vaidade, lustrada por corpos esculturais é que está em voga. 

Quer dizer: mais vale hoje em dia possuir uma bunda proeminente ou um músculo rijo, do que massa cinzenta na cabeça. 

É lamentável, absolutamente constrangedor ver o jornalista Pedro Bial, destacado profissional de sua geração, homem culto e sensível, tirar Deus sabe lá de onde uma maneira de fingir que se diverte com o espúrio, com o ridículo, com a vulgaridade. 

Seu contrato de trabalho deve ter cláusulas draconianas!

Rotulem-me do que quiserem o amável leitor, a graciosa leitora que discordem. 


Insisto em que nada aproveitamos por contemplar a convivência de pessoas cujo único objetivo é ganhar dinheiro e fama, tendo até mesmo algumas delas, por vezes, de se comportar ao largo da ética e da moral, simulando caráter e dissimulando fraquezas, esforçando-se em nos iludir que ali estão na maior naturalidade e espontaneidade. 

Não deveríamos pactuar para que a malandragem, a preguiça, a lei do menor esforço, a indolência, a falsidade, o egocentrismo, a insensibilidade, o mórbido, o reles e outros comportamentos assemelhados se apresentem com tanta ênfase para estimular ainda mais a ignorância e a futilidade! 

Autor: José Henrique Vaillant - Publicado em janeiro/2008