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23 de fev. de 2013

Matar não é crime

Como devem ter percebido o amável leitor e a graciosa leitora, esforço-me para lhes dedicar textos contendo a menor quantidade de erro gramatical possível. 

Dicionários e enciclopédias, eletrônicos ou no bom e velho papel tenho vários, e os uso mais do que supõe a vã filosofia dos que me dão a honra da leitura. Mas temo que no futuro eles não sejam mais necessários, lamentavelmente.



Este intróito é a propósito de um livro didático (Por uma vida melhor) que o MEC quis empurrar goela abaixo da brasileirada estudantil, o qual assevera que falar errado é certo. 


Aberrações como "nós pega os peixe", ou "os livro ilustrado mais interessante estão emprestado", diz o Ministério da (des)Educação, ao acatar o livro, que é uma variante oral válida, que a pessoa que fala pode decidir usar tanto a norma culta quanto a linguagem errônea.


E eu tolamente a pensar que já tínhamos atingido o fundo do poço! 

Então um Ministério que devia ensinar a escrever e a falar corretamente, ensina a falar errado? Daí a ensinar a escrever também errado será um pulo, permito-me raciocinar, dados os despautérios de uma Educação que está entre as piores do mundo (88º lugar em 127, no ranking 2011 da Unesco), perdendo para "potentados" como Paraguai, Bolívia, Namíbia, Quirquistão, Moldávia, Equador, entre outros.  


Para que serve a escola? Para ensinar o certo, penso eu, porque o errado as pessoas aprendem sozinhas, sendo portanto desnecessários educandários, MEC, professores, ministros da Educação, cadernos, gizes e lousas, num futuro talvez nem tão distante se a institucionalização da burrice não for cortada na raiz. 

Ao que parece, o Brasil está na verdade jogando a toalha, admitindo que a causa da Educação está perdida. 


Parece que os burocratas do MEC estão reconhecendo sua patética incompetência para ensinar, e o pretexto usado para dizerem “ok, não podemos ensinar, tchau, passar bem” é combater uma pseudo discriminação linguística para decretar o errado como certo. 

Depois poderá advir o cerco às "discriminações aritméticas", onde 2 + 2 podem ser 5, 6, ou quanto a pessoa queira. 


O problema vai ser combinar com as pontes e os edifícios a aceitação dos cálculos de uma coluna de sustentação, por exemplo, mas isso o MEC poderá também decidir por decreto, ora bolas!

Prevejo dias em que regrediremos tanto que a frase que titula este texto não deverá ter obrigatoriamente uma vírgula após a palavra "não", e matar realmente não será crime em nome do embate contra..., ´pur caus diquê não´?, a "discriminação e o preconceito ao livre arbítrio"!


Autor: José Henrique Vaillant - Publicado em junho/2011