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1 de fev. de 2017

Brasil amargurado, brasileiros angustiados - Parafraseando Getúlio Vargas, metade dos homens públicos brasileiros não é capaz de nada, e a outra metade é capaz de tudo

Em meio à inércia geral no país, alguns espasmos meio que descoordenados de realizações ainda se fazem sentir, como a importante obra de esgotamento sanitário em andamento em Bom Jesus do Norte/ES, integrante do PAC2.

Segundo informes alvissareiros, o município será o primeiro do E.S. a ter 100% de seu esgoto tratado. Iniciada em 22/9/15 ao custo de R$ 4,2 milhões, a obra ganha mais visibilidade num momento especialmente sinistro para o meio ambiente, com o rompimento das barragens da Samarco vindo potencializar o foco na temática. 



Um senão: o arremate das obras deixa muito a desejar. A recolocação das pedras do calçamento é feita com rapidez exagerada, descuidadamente, deixando relevos feios e inadequados que os calceteiros dizem se acomodarem com o tempo, o que nem sempre acontece (a firma responsável - terceirizada pela Cesan - paga R$ 4 por m2 de pedras recolocadas). A prefeitura deveria exigir que o serviço realizado fosse bem feito. Nesses tempos chuvosos, então, as ruas flertam com o caos, e se a lama não chega a ser um tsunami, daria para promover uma competição de surf. A coisa é tão surreal que em alguns lugares é até perigoso trafegar.

Falando de inércia, a inacreditável crise política e de valores a que chegou o Brasil vai consolidando o pior dos mundos, que é uma mistura de inflação com estagnação, juros exorbitantes, PIB negativo, dívida pública nos píncaros, caos econômico e social, desemprego. A crise encontra ambiente propício para se consolidar quando governos são fracos e incompetentes, deslegitimados tanto antes como depois das urnas.

Ao contrário do felizardo município de Bom Jesus, 52% das obras do PAC estão paralisadas, segundo o Instituto Trata Brasil. Lançado para ajudar a ganhar as eleições de 2014, o PAC2 tem 41% das obras que ainda nem começaram. O programa "Água e luz para todos" só realizou 12% do seu orçamento previsto para este 2015, segundo informes do Siafi. O tão discursivo programa de educação profissional e tecnológica - Pronatec, só utilizou 27% do previsto; obras de saneamento, prevenção de risco em encostas, de mobilidade urbana e pavimentação nem ao menos 2% saíram do papel. Frutos da incompetência desse que é o pior governo da história, o recordista em rejeição segundo os institutos de pesquisas.

Inacreditável a postura da presidente, que só pensa nela. Tivesse um pouco de sensibilidade, de solidariedade com os brasileiros teria pedido para sair há tempos, já que ela é o principal ingrediente na chapa que ameaça torrar o Brasil. Sua Excelentíssima é despreparada gerencialmente, é arrogante, negligente, inepta. Como ela, uma camarilha que se apossou do país só têm olhos de ver seus interesses personalísticos.

A presidente não governa, sabemos todos. Não se pode tirá-la, dizem seus asseclas contrários ao impeachment . Ou seja, o remédio não faz efeito, mas não podemos parar de tomá-lo, e ainda devemos suportar os terríveis efeitos colaterais de uma droga inútil. O impeachment seria uma solução, assim como a impugnação de sua eleição pelo TSE em virtude das fraudes no pleito de 2014. Quem discorda tem motivos inconfessáveis ou precisa urgentemente de um bom oftalmo.

Autor: José Henrique Vaillant - Publicado originalmente em dezembro/2015