O chargista Jarbas retrata o fato incrível de a intolerância ser usada contra a..., intolerância!
Marco Feliciano, o deputado federal (PSC/SP) que preside a Comissão de Direitos Humanos da Câmara foi alvo de uma saraivada de acusações de ser homofóbico (aversão aos gays).
O assunto ganhou todas e mais algumas manchetes, em todas e mais algumas mídias, em todos e mais alguns rincões do Brasil e até do exterior, por várias semanas.
Como pode presidir uma instância que está lá para defender os direitos humanos, cujas minorias são as mais desrespeitadas, se o deputado tanto desrespeita..., uma minoria!
Minha posição é clara: cada qual faz de seus furinhos, falinhos e falões o que bem entender. Não tenho nada com isso se duas mulheres resolvem unir as borboletas, ou se dois homens embainham mutuamente suas espadas.
E, claro, repudio toda e qualquer forma de intolerância, seja religiosa, de raça, de orientação sexual, de marca do xampu, etc.
Isso quer dizer que repudio também os intolerantes como os do desenho. Foi só o rapaz começar a dizer que é a favor da felicidade para, à menção das duas primeiras sílabas, as pessoas se precipitarem nas catilinárias verbais julgando que ia referir-se ao deputado Feliciano!
Acaso ele não tem o direito de ser a favor do deputado? Estaria cometendo um crime?
Autor: José Henrique Vaillant