O problema maior gerado por toda instabilidade política é tornar o ente público refém da insegurança institucional e pessimista quanto ao futuro.
Bom Jesus do Itabapoana, que teve na gestão 2005/2008 nada menos que cinco prefeitos - um deles eleito indiretamente pela Câmara -, até hoje sofre os efeitos danosos da intempérie política com chicanas jurídicas, muito embora a gestão que assumiu em 2009 venha realizando um trabalho aparentemente eficaz de redução dos danos.Mas aquele tempo foi perdido, inexoravelmente!
E como a vida é curta, a perda de tanta oportunidade escoada no ralo da tormenta de um povo é profundamente lamentável!
E mais lamentável ainda a insensibilidade de alguns atores que contracenam em palco assim calamitoso, levando ao distinto público discursos chinfrins e aguda percepção de comprometimento maior com a causa personalística do que com a coletiva.
Na fogueira das vaidades e na persecução às vezes insana de poder, vão-se despontando projetos de maior ou menor ambição egocêntrica .
Na fogueira das vaidades e na persecução às vezes insana de poder, vão-se despontando projetos de maior ou menor ambição egocêntrica .
Bom Jesus do Norte também flertou recentemente com a crise política que, ao fim e ao cabo, sempre apresenta a fatura à população, que a quita sob a forma da privação de serviços públicos eficientes, falta de planificação e planejamento, solução de continuidade da máquina, redução da autoestima, por aí afora. Felizmente percebe-se que por lá o bom-senso teve prevalência: o antídoto foi utilizado com mais agilidade e tudo indica que conterá a crise antes dela piscar para a desordem.
Uma analogia: o pior dos mundos para a Economia é inflação com recessão. E o pior dos mundos numa gestão pública é a crônica e histórica tibieza administrativa coroada com crises nos organismos de poder.
Aguarda-se ansiosamente que, doravante, nem uma e, muito menos, outra.
Uma analogia: o pior dos mundos para a Economia é inflação com recessão. E o pior dos mundos numa gestão pública é a crônica e histórica tibieza administrativa coroada com crises nos organismos de poder.
Aguarda-se ansiosamente que, doravante, nem uma e, muito menos, outra.
Autor: José Henrique Vaillant - Publicado em maio/2012