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3 de abr. de 2013

Antes que o mal cresça

O recente episódio das pessoas que passaram mal após comerem produtos deteriorados de uma famosa lanchonete da cidade é mais um aspecto negativo a aumentar a percepção de que as duas Bom Jesus infelizmente já padecem de quase todos os males de uma grande cidade brasileira.

Roubos, assaltos, latrocínios, homicídios, suicídios são fatos sombrios que vêm aumentando a cada dia, e proporcionalmente ao número de habitantes seus índices podem estar encostando aos de maiores centros. 

 
Fora isso, outros tipos de ilícitos e contravenções são fatos que integram o cotidiano das pessoas, despertando a nostalgia de tempos de sossego que não estão assim tão distantes.

A prostituição é uma das mazelas que traz grandes danos à sociedade. A chamada profissão mais antiga do mundo de há muito perdeu sua aura de romantismo, sua característica de comércio estabelecido em áreas fixas para se espalhar em qualquer canto.

A prática é hoje em dia muito mais nociva porque incorporou um sentido de maior perversão dos instintos, entre eles a pedofilia. Não raro encontram-se crianças em bares e botequins das duas cidades se prostituindo, sendo exploradas sexualmente sem que as autoridades tomem conhecimento.

Jogos de azar, que por si já se constituem contravenção penal, são outros malefícios sociais que têm entre seus participantes pessoas menores de idade.

O alcoolismo é outro estropício social intenso em Bom Jesus. Não por acaso os dois municípios contam com tantos bares, bodegas e biroscas, o que os torna talvez detentores de um recorde desagradável, indesejável mesmo: campeões desses estabelecimentos por metro quadrado. É sintomático isso.

A droga é outra praga que demarcou seu território e vai se enraizando como um câncer dos mais periculosos. Ainda que muita discrição obviamente a rodeie, sabe-se que ela está entre nós corroendo o tecido social que, como em qualquer lugar, objetivam o caos e a desordem.

Seria demasiadamente irreal e utópico desejar-se viver numa cidade totalmente asséptica, livre dos tormentórios inseridos no contexto do homem nos quatro cantos do mundo.

Mas uma condição de vida mais amena em relação às grandes metrópoles é a maior vantagem (e que vantagem!) da vivência interiorana, e não se pode em nenhuma hipótese permitir que os problemas rivalizem em intensidade e periculosidade com os de grandes centros, neutralizando essa vantagem.

À própria sociedade cabe a tarefa de pressionar as autoridades competentes para que fiquem sempre alertas e atuantes para que a situação nunca fuja ao controle.


Autor: José Henrique Vaillant - Publicado em julho/2000