FHC também dizia: "Deixemos o livre mercado definir os rumos da economia. Depois virá a justiça social".
Lula fez coro: "A economia fica como está, não nos lançaremos em aventuras ou em atitudes heterodoxas. Vamos crescer de forma sustentável, com responsabilidade".
Moral da história: o bolo da Ditadura gorou por falta de fermento e excesso de coturnos nos pescoços dos cozinheiros idealistas, e acabou sendo devorado mesmo cru pelos arautos da democracia neoliberal.
Agora, pior: os companheiros fizeram novo arremedo da guloseima, só que devoram-na antes até de assada porque, além da fome, precisam do forno desocupado para fazer pizzas.
Mas ainda restam cactos, e quando acabarem, muito provavelmente se complete o vaticínio do mestre Carlos Heitor Cony, que disse certa feita:
"Depois da exploração do homem pelo homem veio a fase da exclusão em que vivemos agora, com os menos capazes sendo postos de lado. O terceiro estágio poderá perfeitamente ser a eliminação pura e simples destes".
Hitler, no túmulo, deve estar em frenesi!
Autor: José Henrique Vaillant - Publicado em junho/2004