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20 de abr. de 2013

ABC Capixaba precisa de união

Neste momento em que os candidatos a prefeitos em Apiacá, Bom Jesus do Norte e São José do Calçado aquecem as turbinas para o início da campanha, uma coisa não pode passar despercebida:

A necessidade de união em prol do objetivo único de desenvolvimento da região.



É claro que cada qual vai (e deve) se ater muito especificamente aos problemas dos seus próprios municípios, indicando formas e proposições para saná-los, mas deveriam ter sempre em vista que governar vai além do exercício do advérbio “aqui”, já que a visão macrorregional tem de ser finalmente levada em conta sob pena de verem aprofundados o descaso e o esquecimento por parte das autoridades estaduais e federais aos seus respectivos municípios.



Há que se fazer como as aves migratórias, que cruzam vastidões de distância utilizando um inteligente mecanismo para resistir à difícil empreitada. 


Voando numa engenhosa formação instintiva, em V, a ave da frente recebe a maior resistência do ar, minimizando o esforço das que vêm imediatamente atrás, e assim sucessivamente, em sistema de rodizio quando a primeira se cansa. 

Assim também devem agir os políticos da microrregião, isto é, unirem-se para poder se manterem com força redobrada no ar rarefeito especialmente de Vitória, a capital, que só tem olhos de ver que o Sul do estado termina em Cachoeiro de Itapemirim. 

Essa miopia só terá cura se houver maior robustez da representatividade do ABC, porquanto nove mil habitantes são vistos de uma forma pelos governantes; 30 mil, de outra.

O inconformismo com esse estado de coisas precisa no entanto encontrar ressonância junto a todos, e mais que isso, ser contemplada com formas objetivas de chegarem não somente aos ouvidos das autoridades superiores, mas que sejam engendradas de modo a sensibilizá-los sinceramente.

Isso só será conseguido se houver desprendimento individual e capacidade de formulação de uma tríplice aliança, com cada representante demonstrando capacidade de governar aglutinando todas as tendências ideológicas e partidárias.

Relativamente ao pleito especifico de cada município, parece evidente que os candidatos devem ter programas bem definidos, propostas viáveis, consoantes com os interesses e as necessidades da população.

Os concursos públicos realizados nos três foram conquistas notáveis, que vieram conferir modernidade a uma política até então provinciana, no sentido mais pejorativo do termo. 

Promessas de emprego em troca de votos foram minimizadas. Resta a exposição de projetos claros, exequíveis e transparentes, já que os debates políticos acontecerão para uma verdadeira demonstração de programas de governo e de aceitação popular. 

Engana-se quem pensar que sairá vitorioso em virtude dos aplausos de claquetes de aluguel ou de compras de votos com pagamento feito com uma dentadura, uma telha Eternit ou uma cervejinha no boteco da esquina. 

O eleitor está amadurecido e mais consciente de sua responsabilidade em gerir seu próprio destino. 

Ele vai referendar a melhor proposta, a que se lhe afigurar mais consistente e honesta e depois cobrar os resultados.

Autor: José Henrique Vaillant - Publicado em maio/2004